Resenha: O Nome do Vento

domingo, 3 de março de 2013


Resenha: O Nome do Vento - A Crônica do Matador de Rei: Primeiro Dia

                                                                      Imagem 1

Ficha do Livro:
 Titulo: O Nome do Vento ( The Name of the Wind)
Ano de Lançamento: EUA 2007, mas no Brasil 2009
Autor: Partick Rothfuss
Editora: Arqueiro
Paginas: 656
Minha Nota: 9.5 (Não dou dez, pois nenhum livro é perfeito)



Se você já escutou a frase “não compre um livro pela capa”, eu posso dizer que essa espelha muito o livro. Por mim ela é demais, o que só me fez querer mais este livro.

           A primeira coisa que eu quero falar é sobre o autor. Patrick é incrível, ele fez esse livro com a alma e por mais incrível que pareça esse foi o primeiro romance do autor. Porém o que o livro transmite é que foi escrito por autor experiente e muito bom - um veterano ao escrever. Isso não quer que seu livro seja igual aos outros. Patrick quer algo mais fora do padrão uma coisa que inove. O livro em si não é 100% inovador, mas algumas partes sim; ele parece algumas vezes falar pelo personagem, fazendo com que a opinião dele esteja lá.



           O livro é dividido em duas partes, o Passado e o Presente.

           No presente, nos deparamos - no início - com dois personagens, mas algumas páginas depois entra mais um, os três são: O Cronista, um homem que viaja a procura de histórias para escrever e que agora está atrás de uma das maiores lendas dos quatro cantos, o Grande Kvothe. Temos também Bast, um aprendiz na pousada Marco do Percuso e também é um ser mágico de conto de fadas. E por último temos Kote, dono e hospedeiro da Pousada Marco do Do Percurso, mas é claro que ele não é só isso, é também o professor de Bast, ele é Kvothe, o Sem Sangue. 
                                                                                                                                 Imagem 2

            Depois de quase morrer por causa de um Scrael (criatura em forma de aranha forte como a pedra, mas que não tem olhos), o Cronista é levado para pousada Marco Do Percuso, por Kote, lá ele acorda e descobre quem é o hospedeiro, ele vê na sua frente o que ele procurou por algum tempo, Kvothe, o Arcano. Depois de pouco tempo de conversa, o Cronista consegue fazer com que Kote admita quem realmente é e conte sua história, mas o mesmo diz que se for contá-la a ele irá precisar de três dias.
           É daí que vem o “Primeiro Dia”. A história é apresentada para nós leitores, em três dias nos quais  Kvothe narra sua história, sendo cada um livro. O primeiro é “ O Nome do Vento” - livro que está sendo resenhado - o segundo é “O Temor do Sábio”, e o ultimo ainda não lançado é “ As Portas de Pedra”.

            No passado Kvothe começa a contar sobre sua infância e sua família, uma trupe chamada Edena Ruh, com a melhor reputação dos quatro cantos. Ele conta que em uma cidade encontrou um Arcanista, nessa época ele tinha apenas 11 anos, mas agia como um homem inteligente. O Arcanista que se chamava Abenthy, se tornou o professor de Kvothe durante cerca de um ano; explicou que um era Arcanista uma pessoa formada no Aecanum pela Universidade, onde a pessoa aprendia tudo, e assim ele ensinou Kvothe , que era apenas um garoto que com aquela idade já poderia estar dentro do sistema universitário.
            O incrível Abenthy aceita uma proposta em uma cidade por onde a trupe passa e por lá fica (é claro que não antes de participar da comemoração adiantada do aniversário de Kvothe e da despedida feita para o Arcanista). No outro dia a trupe parte, mas Abenthy deixa um livro para Kvothe que no futuro o ajuda muito.
            Algum tempo depois deles saírem daquela cidade, a trupe para na estrada e Kvothe vai para a floresta colher ervas, mas quando volta, estão todos mortos.  Ao chegar na antiga fogueira dos seus pais, ele se depara com o Chandriano - uma criatura mística -, e não morre por pouco. A partir desse ponto história é feita pela sobrevivência na mata e em uma cidade chamada Tarbean. Kvothe passa três anos como mendigo, com poucas coisas boas na vida, até que com 15 anos ele conhece um contador de histórias. É onde ele acha a trilha para seu futuro e vai para a Universidade. Acho que se eu passar desse ponto irei estar contando demais, por isso eu tenho de parar com a historia aqui.

        Eu poderia dizer que o livro é apenas isso, mas estaria mentindo, ele é muito mais. É um livro que mexeu comigo, com meus próprios interesses, me mostrou que eu sei muito pouco da vida e que tenho muita coisa útil a aprender. A música/ as canções do livro são incríveis; uma coisa linda, mas que você nunca consegue formular um ritmo ou uma voz para aquilo, podemos dizer que as palavras não bastam no livro, pois é realmente difícil imaginar a voz de um desses personagens.

        A curiosidade desse personagem é incrível, ele quer saber de muita coisa -ok eu sou assim também-; querendo saber o que aconteceu no passado de tudo, mas ele é muito inteligente. As coisas ensinadas na universidade, ou até na vida dele, são realmente espetaculares. Línguas, culturas, sobrevivência, medicina, música, política... são tantos ensinamentos, sonhos e desejos que eu achei o livro lindo. E ainda tem a historia em si; saber que tudo isso é apenas o início, que ele tem muito mais a aprender e a combater, saber que ele vai matar um Rei ou ao menos ser culpado pelo fato... tudo isso é mágico, mas tudo isso é pouco em relação ao que o autor escreve. Agora escrevendo essa resenha eu entendo como é difícil explicar. Explica o que só pode ser sentido é realmente uma coisa difícil.

          Tenho certeza de que o modo como li e senti o livro é diferente de como os outros leitores fizeram, mas eu posso dizer que esse livro para mim é único, é um dos melhores que já li e por isso não pode ser comparado a outros, pois não há como comparar.
          Enfim espero que tenham gostado dessa descrição do livro, mas espero ainda mais que quem não leu, leia e acompanhe o autor e a série pois com certeza vale a pena.
Até o próximo post.


Att
Pablo






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