RESENHA A batalha do apocalipse - revelação nacional

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Muitas pessoas menosprezam a literatura nacional, não é mesmo? Pois então vamos mostrar aqui no blog obras maravilhosas, dignas de diversas traduções e prestígio internacional, na minha opinião.

Uma delas é A Batalha do Apocalipse, do Eduardo Spohr, que vou resenhar agora. 


Ficha

A Batalha do Apocalipse
Autor - Eduardo Spohr
Editora - Verus 
Ano de publicação - 2010
Ano de publicação na Holanda - 2011 (Engelen van de Apocalyps) 

Para quem nunca ouviu falar de Eduardo Spohr - vamos tratá-lo apenas por Eduardo a partir de agora - ele é um jornalista carioca que em 2007 resolveu lançar um livro. O mais interessante é toda a dificuldade para que ele fosse publicado. Primeiramente publicado de maneira independente, digamos assim. Ele foi publicado em 2007 pelo site Jovem Nerd, em 2009 pelo selo editorial criado pelo site e apenas em 2010 pela Verus Editora. Para quem julga um livro pela capa, pode estar certo, a mesma faz juz a história. Para aqueles que julgam um livro ruim pela quantidade de suas páginas, só lamento, deixará de ler algo maravilhoso.

Para entender mais, e melhor, a história do lançamento de A Batalha do Apocalipse, vamos ver essa entrevista do Eduardo, de 17/08/2012.


Viram? Bom, agora vamos finalmente falar sobre o enredo espetacular da obra (não é de se surpreender que o livro tenha virado um best seller) .

A história do  anjo renegado Ablon e de Shamira, feiticeira de En-dor,  é lindamente contada no decorrer das 586 páginas do volume e dividida em três partes - A Vingadora Sagrada, A ira de Deus, O flagelo de fogo
Logo após o índice vem o que é chamado de O Manuscrito Sagrado dos Malakins onde é contada a história de uma grande revolta ocorrida no céu.
Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Armados com espadas místicas e coragem divina, querubins leais a Yahweh travaram uma sangrenta batalha contra o arcanjo Miguel e os anjos que o seguiam. 
(...)No céu e no inferno, o Armagedon marca o início de uma nova era. Quando o ciclo for completado, Deus desperatará de seu sono e todas as sentenças serão revistas. O tecido da realidade cairá. Antigos inimigos se enfrentarão, e não haverá fronteiras entre dimensões paralelas. Esse será o dia do ajuste de Contas.
O crepúsculo do sétimo dia se aproxima, e a noite cairá em breve. 

       Depois dessa breve fala para instigar a curiosidade, temos um pequeno prólogo( que nos deixa mais curiosos) e somos apresentados a Ablon, um anjo guerreiro que por ficar ao lado de Lúcifer na rebelião, foi expulso do céu e obrigado a vagar pela terra em busca de paz, embora dificilmente a encontre, já que é perseguido pelos servos de Miguel e Lúcifer.

        Eduardo oscila sua escrita entre o passado, presente e futuro fazendo com que o leitor viaje não apenas pela história de seus personagens milenares, mas também pela complexibilidade da história da humanidade. (Por isso que eu digo que é para todos os gostos, tem romance, história do mundo, anjos e demônios, Brasil... o/) Ablon viaja desde os tempos da Antiga Mesopotâmia até os dias de hoje, passando pelo antigo Império Romano, China antiga, desertos onde agora temos países como Iraque e Afeganistão.
     
       Como todo livro, a batalha do apocalipse tem seu vilão, ou melhor, vilões. Lúcifer, Miguel (o Príncipe dos Anjos) e O Anjo Negro, Apollyon. E temos vilões secundários como por exemplo Nimrod(rei que construiu a Torre de Babel), May Yun e mais alguns que vocês terão que ler para descobrir.


      O autor conseguiu de uma maneira surpreendente juntar história real, batalhas reais com mitologia e outras coisas. Eduardo mistura as crenças humanas, suas guerras, suas fantasias em um único livro, criando mais do que uma simples obra de fantasia. 

       Spohr consegue mexer com os sentimentos mundanos de seus leitores a cada parágrafo despertando raiva, amor, compaixão, tristeza e alegria. 

        Embora o livro fale sobre anjos e demônios ele não é religioso, indico até para os ateus mais fervorosos. A Batalha do Apocalipse combina mitologia, cultura, princípios; o livro cria um novo conceito de fantasia.

      Eduardo é fantástico, e embora a comparação com grandes e históricos autores seja uma maneira de elogio, proponho outra forma de elogiar. Deixá-lo ser apenas Eduardo Spohr, o escritor brasileiro que surpreendeu e revolucionou a literatura nacional a sua maneira; o autor que é único e incomparável.

Espero que tenham ficado animados para ler A Batalha do Apocalipse. E se você já leu e ficou com gostinho de quero mais, há a série Filhos do Éden (veja o site aqui).



         O primeiro volume leva o nome de Herdeiros de Atlântida e fala sobre as aventuras que aconteceram durante a batalha no céu, (anterior ao A Batalha do apocalipse) quando dois anjos são enviados para resgatar Kaira, uma capitã rebelde que desaparece na terra enquanto fazia uma investigação. Gostou? Leia então o primeiro capítulo aqui .

         O livro é ótimo e há dois anos estou aguardando sua continuação que está para chegar e o nome já é de impacto: Anjos da Morte. Caso queiram se manter informados, essa aqui é a página da série no Facebook "Filhos do Éden". Lá vocês podem encontrar novidades sobre o lançamento do segundo volume, estudos de capa e também desenhos dos personagens. Vale super a pena conferir.




Galera, atenção. A série Filhos do Éden não é uma continuação d'A Batalha do Apocalipse, ok? Mas é tão boa quanto. 

Até a próxima resenha, continuem acompanhando!
Carol

1 comentários:

  1. Oi, Carol. Adorei a resenha, muito obrigado pela força =)

    Fiz um post no meu blog falando sobre as últimas novidades acerca de "Anjos da Morte". O livro sai agora em abril. Para quem se interessar, basta clicar no link abaixo >>

    http://filosofianerd.blogspot.com.br/2012/10/confira-uma-previa-da-capa-e-as-ultimas.html

    Um beijo e obrigado mais ume vez,
    Eduardo

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